sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Fobia: Qual o sentido de agredir?

Boa tarde, senhoras e senhores.
É com muito prazer que me disponho a escrever mais uma vez para tod@s.

Se existe uma coisa que a sociedade gosta de fazer é dar nome a algo.
Lembro que na minha época de Ensino Médio recebia vários apelidos por causa da minha cor. Claro que eu não gostava, mas isso me fez aprender a gostar cada vez mais de mim, do jeito que eu sou... e, agora, as crianças de hoje em dia não podem fazer comentários como os que eu ouvia há alguns anos, pois é violência, é bullying.
Tudo bem! Entendo que os pais e mães gostam de proteger seus filhos, mas há algumas poucas décadas, as crianças aprendiam com os conselhos dos pais e com as suas próprias experiências, mas, hoje estamos fadados ao mundo do "já!", onde as minhas necessidades são maiores que as suas e o meu espaço não pode ser invadido por quem quer que seja. O fato é que existe um grande equívoco sobre vários pontos cíveis da nossa sociedade. Voltamos (de novo) à estaca da modinha.

Tudo isso nos leva a concluir que o mundo desenvolveu uma fobia nos relacionamentos sociais.
Mas, e o que é fobia?


Fobia



É uma aversão ou medo psiconeurótico a objetos ou situações particulares. Os dicionários médicos assinalam muitas centenas de fobias. Os nomes das fobias são derivados da conjugação do nome grego que indica a coisa temida ao sufixo fobia (aracno + fobia = aracnofobia ou medo de aranha).

Existem muitos tipos de reação a cada tipo de fobia.
Alguns desmaiam. Alguns mutilam-se. Alguns gritam desesperados.
Mas, a mais desumanizada de todas é a que permite a agressão.
De todas as fobias, a homofobia vem gerando muita polêmica e mortes em todo o mundo. Sabemos, pois, que fobia é um medo que se entranha e cria uma aversão sem tamanho a algo. Mas, por mais incrível que pareça, todas as outras fobias causam reações que agridem ao próprio indivíduo: o portador da fobia.
E, por que essa reação extremista a um grupo de humanos que possuem os mesmos direitos descritos por todas as constituições de repúblicas ou regidos pelas organizações de pautas humanísticas?

Será culpa da religião?
Será culpa da educação paterna?



Não.
E, não.

Homofobia é uma doença. E, como doença, deve ser tratada/trabalhada.
A homofobia pode ser um traço de alienação, ou um traço cultural, ou simplesmente existir em você. Mas, lembra que em outras fobias é impossível agredir o objeto/animal que te causa esse medo/aversão?
A questão é que o tratamento da homofobia se transformou numa prática sanguinária, onde é permitido bater até a morte ou simplesmente mutilar.
Acho que nenhum pai quer ver o filho mutilado.
Acho que nenhuma religião prega o vandalismo e a destruição.

A cada dia crescem os depoimentos de jovens que sofreram agressões sem motivos. E isso me deixa chateado. Me deixa mal saber que a humanidade é tão preconceituosa que não consegue viver e aprender com o passar do tempo.

Ontem, numa conversa com um amigo alagoano, acabei sabendo de um ataque sofrido pelo jovem Valmor Mendonça.
Jovem este que estava curtindo uma festa como todos os outros e que estava curtindo sua companhia. E, pelo simples fato de demonstrar afeto pelo rapaz que estava junto, foi agredido. Em outra oportunidade, e, poucos minutos depois, foi agredido e assaltado por outro rapaz que deveria ser amigo do anterior.
Agora me digam: onde está a homofobia?
Me respondam outra coisa: quem é a vítima?

Sei que é difícil viver em sociedade. Mas é fácil respeitar as diferenças.
E, se não gosta: é só não olhar. É só não ficar perto.
Deus não vai te matar porque hoje você não alcançou a meta de 300 gays mortos por suas mãos.
Preserve-se e cuide da sua própria vida. E deixe que os outros vivam.




Espero que todos tenham a chance de repensar e mudar.
Espero que o mundo seja mais humano.

Boa tarde a tod@s.

Viva o diferente!
Henrique Freitas

Obs.: Abaixo segue o link com o depoimento do Valmor no Facebook para quem puder e quiser ler.
Depoimento do Valmor Mendonça

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